domingo, 1 de agosto de 2010

Soneto do Desencargo

Queria escrever um soneto
Que fosse doce e amargo,
Feito gosto de Amaretto,
Pra minha alma um desencargo.

É assim que é o meu amor:
Metade é pura alegria,
A outra metade é pura dor,
E o meio-termo é poesia.

Minha alma as vezes chora,
E outras vezes ela ri.
E quando chegue minha hora

Deste mundo ir embora,
Jogarei minhas mágoas fora,
Porque de amor foi que vivi.

- Bartolomeu Parreira Nascimento - San Rafael 2010

Nenhum comentário: