quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Rumo à tempestade do afeto

O outro dia eu fiquei te olhando...

você estava toda linda
cantando com os olhos fechados.

Naquele momento eu me dei conta
que a tua presença me faz feliz.

Eu senti um frio louco na barriga,
e a frustração inevitável de querer racionalizar
aquilo que só pode ser sentido.

Eu fiquei olhando você cantar,
tentando ignorar a multidão de sentimentos que surgia no meu peito,
quando o tempo parou....

e você ficou mais linda ainda.

Naquele momento me deu uma vontade enorme de ser feliz
de sepultar minha tristeza
e embarcar novamente rumo à tempestade do afeto.

Quando eu voltar
vou desmontar todos os tijolos da muralha interna
que me separa dos teus braços.

O ostracismo do meu coração há de chegar ao fim.

- Bartolomeu Parreira Nascimento - San Rafael 2010


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