quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Depois do Pôr-do-sol

I

O som do vento chacoalhando as folhas lava minha alma

Não sei porque me sinto tão em paz

Eu adoro este horário
quando o sol já se foi
mas a claridade ainda nos acompanha

As luzes se ascendem para anunciar que a noite está por vir

e sem saber porque
uma súbita paz me acalma
e me sinto cheio de esperança

Neste horário
quando o dia solta seu último suspiro
e a noite ainda não nasceu
a profunda ansiedade de viver minha vida intensamente me abandona

e por um instante
eu posso descansar minha alma
e me sentir em paz


II

O céu ganha cada vez mais profundidade
e as luzes parecem brilhar mais

Eu sei que está paz se irá
mas ainda me sinto sereno

Hoje à noite
ou descanso minha alma
ou mato o meu tédio

O frio não não me dá opção.


- Bartolomeu Parreira Nascimento - Maringá 2010

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