Tudo que falo é mentira
Tudo que sinto é invenção
Então me calo
Quero ajoelhar-me perante as Araucárias
E ouvir o céu
Pedir perdão por meu rancor
O frio das madrugadas de outono me lembra à outra época
Mas eu não quero pensar
Tantas vezes tenho sido como o vento
Passado por várias vidas
e sumido
Roubado o cheiro de perfumes
E os guardado na minha memória
Quero dizer que eu vivi
E gritar aos quatro ventos:
ESTOU AQUI!
Mas hoje
Eu te ofereço meu silêncio
Compartilho meu vazio
Vou ajoelhar-me perante as Araucárias
E ouvir o céu
Hoje o vento há de passar por mim
- Bartolomeu Parreira Nascimento - Maringá 2011
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