Estou cansado,
E minhas mãos doem quase o mesmo tanto
Que meu coração.
Tenho evitado pensar em ti
E esperado que esta dor se afogue no esquecimento.
Mas como te esquecer?
Ao te libertar da prisão da minha alma eu perdi parte de mim,
E no lugar ficou um labirinto de cicatrizes.
Não há como esquecer
Nem fingir que não dói
...me restou apenas a obsessão por escrever
E a compulsão por contemplar a minha vida.
As vezes quero rasgar a sujetividade do meu peito
E incendiar minhas emoções.
Mas é meu peito que é rasgado por esta sujetividade,
E me afogo nas escuras emoções da minha alma.
Estou cansado
E não quero mais te escrever poemas,
Musa da dor e solidão.
Mas me condenastes à este martírio,
à
morrer
um
pouco
em
cada
verso.
- Bartolomeu Parreira Nascimento - Maringá 2011
morrer
um
pouco
em
cada
verso.
- Bartolomeu Parreira Nascimento - Maringá 2011
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