terça-feira, 5 de outubro de 2010

Pequena contemplação sobre o tempo

O que é o tempo à não ser uma fonte inesgotável
que um dia se esgota?

É como uma árvore que morre
e em seu lugar outra brota

É como a esperança da vitória
perante a possibilidade da derrota


É como as cores e a luz
que um dia deixaremos de ver

mas que outros olhos, menos cansados
continuarão à perceber

É o intervalo em que chamamos de viver!


O tempo, cruelmente
é a medida da existência

É o verdadeiro profeta
por excelência

que rege o crescimento
assim como rege a decadência


O tempo é o único que nos revela a verdade

que inevitavelmente muda a realidade

É o tempo
que nos arrasta para a velha idade


Com o tempo, destruimos a ilusão

Superamos até a dor de uma paixão

...o tempo nos ensina à ter perdão


O tempo, que enterra os sonhos de amantes

que nega tudo o que era antes

também perdoa os loucos e errantes


O tempo, que destrói nossa inocência

nos obriga à ter paciência

e expande os muros de nossa consciência


As vezes ele é rápido em passar

e outros vezes ele parece demorar

mas nunca há de falhar!


Pois o tempo é firme e constante

uma infinitude extravagante

O tempo
é um suspiro ofegante


e nós, somos condenados em sua prisão

à constante preocupação

de viver intensamente
para não morrer em vão


E independente da tua sorte

(por mais que você seja forte)

o tempo, inevitavelmente, será o mensageiro da tua morte!

- Bartolomeu Parreira Nascimento - Maringá 2010

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