quarta-feira, 8 de junho de 2011

O vil esgoto humano

Somos filhos de todos os orfanatos,
Como as baratas, os vermes e os ratos.
Desprovidos de qualquer forma de beleza.
Imundos, por nossa verdadeira natureza.

Somos o vil esgoto humano,
Decadente, fétido e profano.
Somos o câncer vivo desta Terra,
Filhos do estupro, do roubo e da guerra.

De nossas veias jorra infeccioso o pus
Da podre ideologia que ainda nos conduz.
Somos covardes, vítimas da alienação.

Reproduzimos cegamente nossa própria condição,
Mas a dialética da história há de um dia enterrar
O que hoje é sólido, e desmancha-se no ar.

- Bartolomeu Parreira Nascimento - Maringá 2011

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